Como que num sonho que explanei bem antes, fui um debutante nas coisas da vida, pensei que sabia, não sabia nada.Assim como um devaneio de um homem bem jovem, quando me acordei não era mais moço, e tive saudades das minhas quimeras, das minhas paqueras, daquelas mocinhas com gosto de doce, seus beijos furtivos na maçã do rosto.Ainda me lembro quando no mês nove traziam presentes, e eu agraciado mostrava os meus dentes para a felizarda, minha pretendente... ai, a juventude! Que coisa mais bela quando da janela mostravam um sorriso, era um paraíso em dia de sol, tudo era escondido e bem precioso num olhar gostoso, a imaginação voa como uma garoa que vem repentina, que doces meninas naqueles quintais.Talvez na velhice que eu desejo ter, seja mais feliz sem nem perceber, mas a juventude é a marca primeira de uma vida inteira que se tem prazer!Mas como no tempo não há regressão, só no pensamento eu posso voltar, mas fico feliz de ter um passado distoso e gostoso para relembrar.Aquelas olhadelas mandavam um recado que assimilado terminava em beijos, em loucos desejos quase tresloucados.Aquelas meninas com todos os seus medos acirravam os desejos de forma fatal, quem é que não iria cair nos seus braços, extravasar seus sonhos e torná-los reais.Aqueles romances de cumplicidade longe da maldade dos olhos dos pais tremendo de medo nos davam suas mãos, nossas pulsações se elevavam a mil, nossos corações numa ânsia louca quando nossas bocas se uniam mais.