O mistério da pistola ponto quarenta

“Enquanto crônicas, elas são interessantes relatos dos costumes e dos acontecimentos cotidianos que batem no arguto olhar do escritor. A contemporaneidade o desafia a ser o olhador da vida social de modo geral ou dos ambientes mais reservados, como os bares, de onde retira a matéria-prima para confeccioná-las. Aliás, os bares, no meu entender, são tipos de oficinas de inúmeras profissões e ferramentas, pois as histórias ali passadas se mostram raros minerais a serem lapidados ou madeiras nobres a serem plainadas com a tecla ardente de um implacável observador. E então sua verve literária faz fluir um estilo impecável entrelaçando o fato e a imaginação para viajar por uma estrada oscilante de temáticas, passando pelo bom humor e pela seriedade, pelo conhecimento jurídico profissional e pela sabedoria evolutivo-filosófica de um escritor maduro que não mede o número de centelhas acesas nos seus textos para saber que incêndio vai dar.”