Como está nossa relação com o trabalho? Qual será o modelo de trabalho daqui para a frente? A recente disseminação do home office abriu um caminho de possibilidades fora do escritório, mas não é a solução para tudo. Trabalho remoto questiona as atuais concepções de trabalho, produtividade e apresenta sugestões de medidas a serem adotadas para um ambiente de trabalho mais saudável.

O modelo de trabalho remoto, que se intensificou mundialmente com a pandemia de covid-19, testa os limites do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Muitas vezes, em vez de liberar mais tempo para o funcionário, a flexibilidade de horário passou a significar trabalho ininterrupto. Ansiedade, frustração e síndrome de burnout são algumas das consequências dessa distorção.

A partir de relatos de centenas de empregados, Charlie Warzel e Anne Helen Petersen analisam como o home office e os ambientes de trabalho têm funcionado na prática, diante da nova realidade mundial, e especulam sobre como poderiam ser diferentes. Para isso, exploram quatro principais conceitos: flexibilidade, cultura empresarial, tecnologia e coletividade. A partir dessas categorias, os autores propõem um modelo de trabalho remoto que respeite a vida pessoal do trabalhador e, ao mesmo tempo, permita o desenvolvimento de políticas empresariais mais eficazes, dentro e fora dos escritórios, que não gerem a exaustão dos funcionários – improdutiva para ambas as partes – e promovam tempo livre e qualidade de vida para todos.

Nas palavras de Warzel e Petersen: “Trabalhar em casa não promete consertar a decadência que se instalou no centro do capitalismo moderno. Todas as dinâmicas tóxicas aqui listadas podem ser mantidas no mundo do trabalho remoto. [...] O objetivo deste livro, então, é refletir sobre como podemos nos libertar dos aspectos mais tóxicos, alienantes e frustrantes do trabalho no escritório. Não somente mudando o lugar onde o trabalho é realizado, mas também repensando o trabalho que fazemos e o tempo que dedicamos a ele.”

Trabalho remoto traz uma mensagem franca aos líderes empresariais e uma mensagem inusitada aos trabalhadores, desafiando as atuais concepções de produtividade e sucesso. O livro nos leva a refletir sobre como o mundo do trabalho – e principalmente a nossa vida construída fora dele – pode ser muito melhor