Um passo à frente no romance policial, Revolução difícil expande o mundo do crime do indivíduo infrator para a sociedade doente e confronta o jovem policial negro Derek Strange com dilemas morais que, aos 21 anos, ele não esperava. A ação se dá em Washington, onde a maioria da população é negra. Cercando os edifícios públicos, monumentos e bairros de classe alta, a periferia opõe negros e brancos, e a zona de pobreza tomada por favelas e cortiços reúne igualmente negros e brancos - que em comum só têm o fato de serem miseráveis.
A ação tem início em 1959. Nos primeiros capítulos, somos apresentados aos personagens principais da história: Derek Strange, seu irmão Dennis e os pais. Nove anos depois, em 1968, Strange é policial em Washington, tem um parceiro branco e sofre com o racismo dos colegas e a desconfiança da comunidade negra, que o vê como traidor. O irmão, Dennis, é agora um inválido que vive da pensão do governo e passa os dias fumando maconha e bebendo.
Num estilo de grande poder de impacto, Pelecanos descreve policiais, marginais e cidadãos comuns com a agudeza do escritor seguro de sua força. Os acontecimentos que envolvem Derek Strange atingem seu ponto máximo na rebelião que se segue à notícia do assassinato de Martin Luther King. A polícia é insuficiente e a Guarda Nacional também. Só as Forças Armadas conseguem pôr ordem na cidade. Enquanto isso, Strange se concentra na caça a um assassino ligado ao confronto de grupos marginais que espelham, em sua violência, os conflitos raciais que incendeiam a cidade.
"Os livros de Pelecanos marcarão seu cérebro para sempre." - Washington Post
"George Pelecanos é um dos maiores escritores de policiais da atualidade. Sua prosa é limpa, enxuta, contundente, e é movida por um sentido agudo de violência." - The New York Times