Em um antiquário pouco charmoso nos arredores de Paris, Grace restaura bricabraques, conserta objetos de valor questionável e recoloca pedras em joias semipreciosas. Ela se apresenta como Julie, diz que é da Califórnia e volta para um quarto alugado toda noite. De um café, ela anonimamente acessa o site do jornal de sua cidade natal.
Em Garland, Tennessee, dois jovens acabaram de receber liberdade condicional. Eles cumpriram pena por um crime sobre o qual Grace sabe bastante a respeito. Com um deles, Grace havia se casado, enquanto o outro foi sua grande paixão. Ambos foram presos por um crime que ela mesmo planejou com detalhes exatos, mas a audaciosa fuga deu errado, e Grace, sempre um passo à frente, entrou em um avião com destino à Praga, deixando pelo caminho todos os fatos conhecidos de sua vida e escondendo algo em sua bagagem. Mas agora ela sabe que, de algum modo, uma parte de seu passado irá encontrá-la.
Em uma jornada do interior dos Estados Unidos até agitada e decadente cena de arte nova-iorquina e europeia, descobrimos quem Grace era: uma garota com uma vida familiar conturbada e devastada, além de um talento para seduzir – até se deparar com o que ela realmente deseja e ver tudo desmoronar. Começa, então, um jogo de espera de gato e rato, uma história de mentiras e logro, apostas desesperadas e identidades duplas.
Envolvente e sombrio,
Ponto cego reinventa a trama clássica de assalto e oferece uma nova abordagem do estereótipo da
femme fatale – dessa vez, do ponto de vista feminino. Com toques de Patricia Highsmith e dos melhores suspenses de Hitchcock, o romance de estreia de Rebecca Scherm é um
noir contemporâneo repleto de surpresas e reviravoltas.