Engenheiro ambientalista, pós-graduado na França, no Instituto de Ciências Políticas, e ex-prefeito do Rio (1979-1980), o empresário e cientista político Israel Klabin lança agora seu primeiro livro de poemas, produzidos nas décadas de 60, 70 e 80, e até hoje guardados por timidez do autor. Leitor compulsivo de Nietzsche, Schopenhauer e os gregos, além dos poetas e escritores nas diversas línguas que domina desde jovem – como T. S. Eliot, Walt Whitman, Saint-John Perse e Charles Péguy –, foi incentivado por Augusto Frederico Schmidt, grande amigo de seu pai. Este o levou a trabalhar no programa de metas de Juscelino Kubitschek e na criação da Sudene, quando atuou também como ghost-writer de muitos dos discursos do então presidente da República. Sua geração circulava em torno de Jorge de Lima, Murilo Mendes, Bandeira e Drummond ; e, em sua permanência em Paris, foi tutorado pelo então secretário da embaixada brasileira, Guimarães Rosa, de quem se tornou amigo. Segundo o poeta e acadêmico Carlos Nejar, trata-se de “uma poesia visionária, afeita ao vocabulário nobre, ao uso de metáforas que contemplam com alteza o horizonte desse tempo (...). Klabin está marcado pelo Cântico dos Cânticos, de Salomão, o que designa sua religiosidade e a busca de um amor que é maior”. Presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, o autor ganhou de sua filha Maria Klabin, artista plástica, a bela pintura que ilustra a capa (díptico, sem título, 2014).