“Lois Lowry magistralmente apresenta outra história assombrosa e provocadora. A autora volta a temas passados e os alça a um nível superior.” – Publishers Weekly “A escrita habilidosa de Lois Lowry dá um suspense crescente à história e suas descrições são particularmente vívidas e impactantes. Os protagonistas dos livros anteriores ressurgem em O mensageiro, e o chocante desfecho provocará grandes discussões.” – School Library Journal Há seis anos, Matty chegou ao pacato Vilarejo. Sob os cuidados de Vidente, um cego que tem uma visão especial, ele amadureceu e se adaptou à nova vida. Agora, espera receber seu nome verdadeiro, que determinará seu valor ali, como ocorre com todos os habitantes. Contudo, algo nefasto está se infiltrando no Vilarejo, e os moradores, antes orgulhosos de receber forasteiros, passam a exigir que as fronteiras sejam fechadas para se protegerem. Por ser um hábil mensageiro, Matty é encarregado de avisar os outros povoados sobre o bloqueio. Sua missão também tem outro grande objetivo: buscar Kira, a filha de Vidente, antes que seja tarde demais. Ele é o único capaz de viajar pela Floresta, que já provocou algumas mortes. O problema é que ela também está se tornando um lugar perigoso para o garoto. Mas muitos dependem de Matty. Então, armado apenas de um poder recém-descoberto, ainda incompreensível e incontrolável, ele se arriscará a fazer o que talvez seja sua última viagem. **** “Lois Lowry vai muito além de uma simples mensagem, escrevendo de forma simples e bela, enraizada na alegoria política, em detalhes familiares calorosos e num mundo natural e selvagem, à beira do realismo.” – Booklist Matty conhecia as trilhas que levavam à Floresta como se as tivesse aberto. E, de fato, algumas tinham sido criadas por ele ao longo dos anos. Os outros habitantes do Vilarejo quase nunca se aventuravam ali. Às vezes, a Floresta se fechava ao redor das pessoas que tentavam atravessá-la e não as deixava escapar. Houve casos de mortes terríveis de quem decidira abandonar o Vilarejo. De alguma forma, a Floresta sabia. Mas também parecia saber que as viagens de Matty eram benignas e necessárias. – A Floresta gosta de mim – comentara ele certa vez com o cego, orgulhoso. – Talvez ela precise de você. As pessoas também precisavam de Matty. Acreditavam que ele faria os serviços que exigiam atravessar a mata cerrada. Mas, naquela tarde, Matty não levava nem ia buscar mensagem nenhuma. Ele precisava de privacidade para aquela coisa que estava descobrindo sobre si mesmo, de um lugar para testá-la em segredo, para avaliar o próprio medo do que aquilo poderia significar. Tinha consciência de que tudo iria mudar para ele a partir de então. Seu futuro sofrera uma nova e secreta reviravolta.