No futuro distópico apresentado em Não Verás País Nenhum, falta água, o calor é insuportável e as florestas desaparecem aos poucos. Se essa premissa te parece familiar de alguma forma, você não está sozinho. O clássico de Ignácio de Loyola Brandão, escrito em 1981, fala diretamente com a nossa realidade hoje e, consequentemente, sua narrativa se torna cada vez mais essencial e urgente. É pensando nisso que a Global preparou uma edição comemorativa de 40 anos da obra, com novo design e conteúdos exclusivos.
A nova edição conta com apresentação de Heloise M. Starling, feita especialmente para a edição comemorativa, uma sequência do texto de Washington Novaes e encerra com o artigo “Antecipações do Absurdo”, publicado no jornal Valor Econômico e escrito por José de Souza Martins, sociólogo e professor emérito da Universidade de São Paulo.
A visão do autor também é fundamental para compor a experiência proposta na edição comemorativa e, tentando explorar exatamente os pensamentos de Loyola na época em que escreveu o livro, a nova versão conta também com um texto do escritor explicando como surgiu a ideia para o conto “O Homem do Furo na Mão”, narrativa que viria a se tornar Não Verás País Nenhum. O encarte também vem com anotações a mão e datilografadas e algumas fotos inéditas, elementos que se completam e mapeiam o processo que foi utilizado pelo autor na concepção do livro.
Para complementar ainda mais a experiência e se aprofundar no contexto social da obra, a capa do livro, que tem foto de Araquém Alcântara e design de Mauricio Negro, vem com um QR Code, que leva o leitor diretamente até um vídeo do próprio Loyola. No conteúdo extra, o autor traça um paralelo entre o que acontece na trama e a situação ambiental hoje, já que a ONU anunciou, recentemente, que os efeitos prejudiciais no meio ambiente já são irreversíveis.
Um livro essencial para os fãs de Ignácio de Loyola Brandão, a edição comemorativa estabelece de uma vez por todas o que todo mundo já esperava: Não Verás País Nenhum é um clássico absoluto e um livro fundamental para a literatura brasileira.