No século XVIII, os cientistas Charles Mason e Jeremiah Dixon, são contratados pelo governo inglês para fazer observações astronômicas e tarefas de agrimensura. Depois de uma expedição ao Sul da África para observar o trânsito de Vênus, são incumbidos de uma missão ambiciosa na América do Norte: traçar uma longa linha divisória entre as propriedades dos Penn (o futuro estado de Pensilvânia) e dos Calvert (atual Maryland).
Os dois amigos adentram o continente norte-americano e exploram territórios indígenas, empreendendo uma jornada épica para determinar a linha que se tornaria, muitos anos depois, a fronteira entre o Norte industrial moderno e o Sul agrário e escravagista.
Pynchon se baseia em fontes rigorosamente históricas, mas combina o aspecto documental da narrativa com extraordinários vôos de imaginação, criando uma galeria de personagens fantásticos: um cão falante, um pato mecânico que ganha vida, uma região em que os legumes são tão desmedidos que uma beterraba é escavada como se fosse uma mina.
Não é a primeira vez que o autor envereda pelos caminhos do romance histórico. Em O arco-íris da gravidade o autor recriava o clima de pesadelo de uma Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial. Em Mason & Dixon, porém, não apenas a ação do romance se passa há dois séculos e meio como também a própria linguagem em que ele é escrito tem sabor de época, numa recriação do inglês setecentista.
Lançado nos Estados Unidos em 1997, Mason & Dixon é o mais recente romance de Thomas Pynchon. Paulo Henriques Britto, renomado poeta e tradutor, levou anos para realizar a tradução para o português, e durante o trabalho Pynchon foi consultado inúmeras vezes.
Prolixo, profundo, poético e sobretudo muito divertido, Mason & Dixon, segundo Michiko Kakutani, a influente crítica do New York Times, "comprova a inventividade notável de Pynchon e sua força como contador de histórias". Além de ter sido recebido com entusiasmo pela crítica, no ano de seu lançamento o livro freqüentou as listas de mais vendidos nos Estados Unidos.
"Maravilhosamente subversivo [...] Um livro que equilibra espirituosidade e anacronismo, criando uma preciosa combinação de história e imaginação." - The New York Times Book Review