COLEÇÃO FOLHA
MULHERES NA LITERATURA – VOLUME 16
MARIA ADELAIDE AMARAL - TARSILA
TARSILA
O dinamismo do texto de Maria Adelaide Amaral transporta o leitor ao ano de 1922, com a chegada da artista ao Brasil após temporada em Paris, e finaliza com a sua velhice, 50 anos depois. Retrata sua vida junto a de outros três importantes expoentes do modernismo: Mário de Andrade, Anita Malfatti e Oswald de Andrade, privilegiando o "ser humano" ao invés do "mito". Unidos por uma amizade que perdurou até o início dos anos 30, eles viveram frustrações, ciúmes e vaidades. Cenas e diálogos contidos no livro ocorreram de fato, extraídos da correspondência trocada entre eles. Momentos cruciais da vida de Tarsila estão presentes na obra, como a conturbada paixão por Oswald de Andrade, as confidências junto a Mário de Andrade, as graves dificuldades financeiras trazidas pela crise de 29, a prisão em 1932, o estremecimento da relação com Anita Malfatti. Mas, sobretudo, a autora dá a conhecer a lucidez e dignidade que a transformaram em uma mulher à frente de seu tempo, encontrando na arte o impulso para a vida. A intimidade das quatro personagens é embalada por momentos históricos, como a quebra da bolsa de Nova Iorque e o advento do comunismo, e culturais, como os movimentos antropofágico e pau-brasil. Maria Adelaide Amaral traz à luz a importância e a atualidade das obras desses artistas, que se debatiam entre a influência europeia e a busca de uma identidade artístico-cultural genuinamente brasileira.
MARIA ADELAIDE AMARAL
Maria Adelaide Almeida Santos do Amaral OMC é uma dramaturga, escritora, roteirista e jornalista luso-brasileira e autora de diversas obras para o teatro e para a televisão, principalmente minisséries.
Sobre a Coleção
Literatura feminina, literatura feminista ou literatura universal com olhar feminino? A Coleção Folha Mulheres na Literatura engloba todas essas dimensões da produção literária, sendo mais que a soma de cada uma das partes. Não se limita à experiência feminina, tampouco se destina apenas a leitoras – que, não obstante, continuam respondendo pela maioria do público, no Brasil e no mundo.
Da pioneira Madame de Lafayette, na França do século 17, a ganhadoras do prêmio Nobel de literatura como a canadense Alice Munro ou a romena Herta Müller, a coleção mostra as mutações da condição e da imaginação feminina – dois elementos que se iluminam reciprocamente.
Renomadas escritoras compõem a coleção, como as brasileiras Clarice Lispector, cujo romance de estreia inaugura no Brasil a prosa de sondagem interior, a além de Rachel de Queiroz, Lya Luft, Nélida Piñon e Maria Adelaide Amaral e a portuguesa Florbela Espanca. Além de inglesas como Virginia Woolf, Mary Shelley, Jane Austen e as irmãs Charlotte e Emily Bronte. Algumas autoras trazem na bagagem referências étnicas e culturais que associam a condição feminina a contextos de profunda desigualdade social e hierarquização dos laços familiares – casos da indiana Thrity Umrigar e da norte-americana de origem bengali Jhumpa Lahiri. A coleção inclui também escritoras cuja repercussão foi amplificada por adaptações cinematográficas de livros, como Fannie Flagg, e traz ainda uma das best-sellers da ficção policial: Agatha Christie, a “rainha do crime”.
A Coleção Folha Mulheres na Literatura traz traduções consagradas para essa biblioteca de livros que, escritos por mulheres, transcendem épocas e gêneros.
Livros
Dimensões: 14x20,5 cm
Capa dura cartão 18 – revestimento em papel Couche Brilho 150 g/m2 com laminação fosca.
Miolo em papel Avena 90g/m2 - impressão 1x1 cor - costurado a linha.
Impressão dos livros: RR Donnelley