Eneias de Troia: da derrota ao apogeu Eneida, do poeta latino Virgílio, é uma das mais belas obras épicas da literatura universal. Ela foi escrita com o objetivo de enaltecer o povo latino, a sua pátria, o gênio nacional romano. Originalmente, Eneida tem doze cantos, seis sobre viagens e seis sobre guerras. Contudo, na obra lançada pela Difel, foram selecionados apenas quatro, considerados por críticos como os mais belos e empolgantes da epopeia virgiliana. A história se passa após a queda de Troia, e apresenta as aventuras do troiano Eneias, que, após a destruição de sua cidade, foge com seu pai e filho – a esposa morreu na batalha – pelo mar, decidido a fundar uma nova cidade. O primeiro poema narra a viagem do protagonista pelo mar, a morte de sua família e o naufrágio de seu barco. No fim, ele consegue chegar a Cartago, onde é recebido pela rainha Dido. No segundo, Eneias conta a ela como Troia foi destruída, além do famoso episódio do cavalo, da morte de sua esposa e do fogo que lambeu toda a cidade. Já no terceiro, descreve as aventuras até chegar a Cartago, suas escalas e a morte do pai e do filho. O último poema é o desfecho trágico da história da rainha e do viajante. Após receber um mensageiro de Júpiter, cobrando-o de seu objetivo inicial – construir uma cidade – Eneias abandona Dido, que se suicida devido à desilusão amorosa. Eneida é um livro trágico que trata de amor e morte, de trabalho e escolhas, de livre-arbítrio e influência, como toda boa obra greco-romana. Até que ponto as pessoas controlam suas próprias vidas? Com um texto belo, rico e imagético, a obra foi utilizada como a referência de Luis de Camões ao escrever Os Lusíadas.