Raquel Machado leva o leitor a se questionar sobre como o materialismo vem distorcendo as relações humanas, e até que ponto vale a pena o sacrifício próprio em prol de um bem maior. Política, intrigas, paixão e muito bom humor fazem de "E, se de repente, eles parassem" (selo Escrituras) uma obra leve e divertida. Uma história em que, segundo Ives Gandra Martins, “a percepção da realidade própria do mundo em que vivemos é desenhada, em pinceladas de novelista, com tintas de poesia e análise da natureza humana na busca pela auto-afirmação”.
Dimas Macedo, membro da Academia Cearense de Letras, salienta que “este romance de Raquel Machado constitui um passo decisivo na sua carreira de ficcionista, que transita, agora, da curta para a longa ficção, com a mesma segurança de que se fez advogada e professora universitária respeitada”.
A despeito da trama e do enredo bem arquitetados, a obra mergulha, com efeito, no jogo de poder do capitalismo bancário e financeiro, com os seus bloqueios soberanamente armados contra a organização e a participação da cidadania produtiva. Segundo Dimas Macedo, “este livro também pode ser lido como um projeto de enredo ou de roteiro cinematográfico em que o lugar da esperança e as malhas do amor e da cidadania podem ser auscultados como a mensagem de fundo do romance.”