É clássica a divisão que se faz da história do Segundo Reinado do Brasil: ascensão, fastígio e declínio. Mas esta divisão só atinge a fase em que Dom Pedro II exerce, de fato, o poder, da Maioridade, em julho de 1841, à República, em novembro de 1889. Foram 49 anos e 4 meses fartos de episódios, lutas internas, mudanças intempestivas de gabinetes, períodos de esplendor interno e externo, surgimento de grandes nomes na política, nas letras, nas artes, no jornalismo, no parlamento. Aqui está, neste primeiro volume, o relato admirável, rigorosamente fiel, do nascimento, da tutela, da maioridade e dos trinta primeiros anos de governo do bom monarca. Foi realmente uma ascensão. Volume 2: Fastígio, 1870-1880 - Os períodos em que dividimos a História, seja no sentido mais amplo da palavra, seja em relação a uma época (no caso, o Segundo Reinado), não podem ser delimitados com rigidez a não ser para fins didáticos. Assim, quando se fala em fastígio, em relação ao governo de Dom Pedro II, as datas de 1870 e 1880 não podem ser tomadas ao pé da letra. Apenas se registra aqui, que estes dez anos foram, realmente, uma fase áurea. Foi uma época relativamente tranquila. Houve, certamente, o descontentamento militar após a Guerra do Paraguai, bem como leis abolicionistas (que Dom Pedro sancionava, e tudo nos leva a crer que o fazia de coração aberto), e a Questão Religiosa que, se não podemos justificar em termos de hoje, temos de compreender em sua época, com a ligação da Igreja ao Estado, o regalismo de certos setores da Igreja, o padroado, a maçonaria atuante. Era o começo do fim do fastígio, o prenúncio do declínio, com um certo fatalismo histórico que o Imperador recebeu serenamente. Volume 3: Declínio, 1880-1891 - Chegamos ao fim desta História de D. Pedro II. A evolução da ideia republicana, o descontentamento do Exército, a Questão Religiosa, a Abolição da Escravatura, o receio de ver no trono um estrangeiro (o Conde d´Eu, esposo de Dona Isabel), as agravadas dissenções entre liberais e conservadores nos gabinetes, tudo isto precipitou a queda do Império, com a consequente partida da Família Imperial para a Europa, os melancólicos lazeres literários de Dom Pedro no exílio, e a morte, à espera da Justiça de Deus na voz da História. Alguns inexpressivos movimentos de tentativa de retorno à Monarquia não obtiveram repercussão maior. E assim se findava uma era.