Curiosa, surpreendente, devastadora, inexplicável — são todas palavras que poderíamos usar para descrever tanto a morte quanto esta coleção de histórias a seu respeito. Algumas tratam do extraordinário, como anjos enganosos, figuras funestas ou maldições; em outras, o mero cotidiano é a fonte de horror: a perda de um filho, a pobreza extrema, um acidente no mar, uma ida particularmente incômoda ao dentista. De um jeito ou de outro, a morte ronda os personagens, às vezes catástrofe, às vezes descanso, às vezes passando longe de ser o fim.
Nestas páginas, pequenas vilas do interior do Pará se tornam cenário de tragédias insólitas, o purgatório toma formas improváveis enquanto os mortos se agarram a uma vida já acabada, os vivos choram sem fim a perda súbita de entes queridos e vampiros pragmáticos caçam suicidas pela cidade.
Famoso por seus causos de assombrações e visagens, o jornalista, influenciador e podcaster Tanto Tupiassu traz nesta coletânea histórias que tratam do fim em suas diferentes facetas; seja como tragédia familiar, como última consequência de vidas sofridas ou como punição exercida por seres sobrenaturais. Invocando seu tom de contador de histórias, Tanto parece narrar casos que aconteceram com um amigo, um primo, um colega de trabalho... e, por sorte, não com a gente. Pelo menos dessa vez.
"A habilidosa narrativa de Tupiassu desdobra a experiência da morte em contos que transitam entre o terrível e o insólito, entre o que diverte e que é capaz de arrepiar até os mais céticos." - Aline Valek, autora de As águas-vivas não sabem de si e Cidades afundam em dias normais
"O intrigante universo deste livro se situa no limiar entre a vida e a morte, numa região de névoa onde tudo pode acontecer — e acontece." - Rosa Amanda Strausz, autora de A cabeça cortada de Dona Justa
"Só lida bem com a morte quem sabe viver a vida, e Tanto Tupiassu entende das duas coisas. Este livro flerta com o melhor de cada lado, o daqui e o de lá. Vale cada página! Me senti do outro lado várias vezes..." - Ilana Casoy, roteirista e coautora de Bom dia, Verônica
"Histórias que vão perturbar quem as ler — e também os espíritos que leem por cima do ombro." - Luisa Geisler, coautora de Corpos secos
"Tanto Tupiassu usa a ficção para embolar os limites da realidade e desafiar a morte." - Gregorio Duvivier, humorista, roteirista e escritor.