Sidonie-Gabrielle Colette, nascida em 1873 em Saint-Sauveur-en-Puisaye (Yonne), é uma das mais importantes escritoras francesas do século 20, conhecida por sua postura libertária e pioneira. Desde cedo, sua obra desafiou os costumes da época ao explorar temas como a sexualidade feminina e a bissexualidade. Em 1893, casou-se com Willy, um jornalista e editor, e em 1900 publicou Claudine na Escola, uma obra semi-autobiográfica que se tornou um best-seller, embora fosse atribuída a Willy. Anos mais tarde, após uma batalha judicial, Colette obteve o merecido reconhecimento por sua contribuição literária.
A série Claudine não apenas cativou o público como também provocou escândalo ao abordar temas inovadores para a época, como o amor lésbico. O livro é narrado pela própria Claudine, uma adolescente de quinze anos, que irradia vitalidade e, com um toque de insolência, desafia as convenções do pequeno mundo que a cerca. Enquanto alguns homens iniciam cortejos explícitos, ela se vê envolta em uma paixão inesperada pela nova professora. A partir de então, a escola de meninas da aldeia se torna o palco de uma comédia de costumes terna e picante.