Caminho das sombras é o primeiro livro da série Anjo da Noite, que tem mais de 3 milhões de exemplares vendidos. “Aventura, magia e várias reviravoltas… O ritmo acelerado de Caminho das sombras deixará o leitor sem fôlego até o fim.” – INtocados “Fiquei fascinado. Personagens inesquecíveis, trama instigante, ação ininterrupta... É o tipo de narrativa que me faz admirar o trabalho de um escritor.” – Terry Brooks, autor de A espada de Shannara Para Durzo Blint, matar é uma arte... e ele é o artista mais talentoso da cidade. Temido por muitos, Durzo é uma lenda viva com as mãos manchadas de sangue e nenhuma culpa pelas vítimas que deixa pelo caminho. Esse mundo sombrio também não é novidade para o jovem Azoth. Sobrevivendo entre becos sujos, ele aprendeu que a esperança é uma piada. Pelas regras das guildas, crianças são agredidas e surradas todos os dias. Tentar contestar essa realidade seria um risco alto demais. Mas quando a morte se torna questão de tempo para ele e seus amigos, Azoth se vê forçado a vencer o medo e agarrar a chance de virar um derramador, um assassino. Ele precisa se tornar discípulo de Durzo Blint. Para ser aceito, o garoto abandona sua antiga vida e abraça uma nova identidade. Ao se tornar Kylar Stern, ele aprenderá a transitar no mundo dos nobres, sobreviver às magias de seus inimigos e cultivar uma amizade muito especial: a da escuridão. **** “Uma estreia literária impressionante.” – SFFWorld – A vida é vazia. uando tiramos uma vida, não estamos tirando nada de valor. Derramadores são matadores. É só isso que fazemos. É só isso que somos. Não há poesia no ofício da amargura – falou Durzo Blint. Sentindo-se muito desajeitado, Azoth segurava uma espada pequena o suficiente para uma criança de 11 anos. – Agora me ataque – ordenou Blint. – O quê? A lateral da espada de madeira de Blint acertou a cabeça de Azoth. – Eu mando. Você obedece. Sem hesitação. Entendeu? – Sim, mestre. – Azoth se levantou e pegou a espada. Coçou a cabeça. – Ataque – repetiu Blint. Azoth atacou de qualquer maneira. Blint se esquivou de seus golpes e o garoto caiu com a força dos próprios movimentos. Durante todo esse tempo, Durzo não parou de falar. – Abrace as sombras… Respire o silêncio… Seja normal, seja inisível… Localize sua vítima… Conheça cada saída… Quando Azoth errava, Blint não gritava. Quando o discípulo não bloqueava um golpe da maneira certa, recebia o que merecia no momento que a espada de madeira o acertava na canela. Se não conseguisse recitar a lição do dia ou comentar sobre qualquer outra que Blint perguntasse, levava um cascudo para cada esquecimento. Era tudo equilibrado, meticulosamente desferido, mas Azoth nunca relaxava. Se acassasse um número excessivo de vezes, mestre Blint poderia facilmente matá-lo, da mesma forma descompromissada com que dava um cascudo. Azoth jamais saberia que havia fracassado até constatar que estava morrendo. Mais de uma vez, quis desistir. Mas desistir era impossível. Mais de uma vez, quis matar Blint. Mas isso o levaria à morte, com certeza. Mais de uma vez, quis chorar. Mas havia jurado não fazê-lo, e não o fez.