Este é meu quinto livro de poesias, uma das minhas formas de arte preferidas, incluindo gêneros ficcionais de literatura, como o Surrealismo, e a música. A arte de viver é, concomitantemente às outras definições possíveis e tão verdadeiras quanto esta, saber usufruir do que há de mais belo no ser humano: ele próprio. E isso deve ser feito de um modo generoso e afetivo, pessoal, solidário e responsável socialmente. As dificuldades existem, mas fazem parte da vida e não devemos transformá-las em obstáculos intransponíveis; o otimista é aquele que não se desespera perante os problemas, e sem subestimá-los, os enfrenta de frente, certo de que tem condições de superá-los (mesmo sabendo que, às vezes, não conseguirá). O louco simplesmente ignora o perigo. O pessimista é aquele que começa derrotado, antes de o jogo começar. E se viver é muito perigoso, como escreveu João Guimarães Rosa (1908-1967) em Grande Sertão: Veredas, ele complementa que aprender a viver é o verdadeiro viver; também disse que coragem é o que a vida espera da gente. E como ser corajoso não é não ter medo, mas enfrentar o mundo, apesar do medo, arrisquemo-nos na vida. Que a poesia, a literatura e a música, bem como outras formas de expressão artística, nos deem força e alegria para encaremos os desafios da vida.