Romance de estreia de escritora italiana aborda a
amizade entre duas meninas de classes sociais diferentes em meio ao machismo e
ao fascismo
Francesca, de 13 anos, está às margens do rio Lambro, em Monza, na
Itália, e sobre ela jaz um homem que tentou estuprá-la. Após salvar a amiga,
Maddalena a ajuda a se livrar do corpo. A partir desse evento fatídico, Francesca narra como as
duas chegaram até aquele momento. Tudo começa em 1935, um ano antes, num
domingo de missa, quando ela se fascina pela menina que todos chamam de
“a Maldita”, uma rebelde de origens humildes e segregada pela comunidade por
supostamente ter poderes misteriosos.
Contrariando a vontade da mãe, obcecada pelas
convenções sociais burguesas, e ignorando os rumores que atribuem várias mortes
à Maldita, Francesca junta-se ao grupo de amigos dela, ávida por descobrir um
modo de vida mais livre. Entre as duas amigas, contudo, entrepõem-se o
machismo, a guerra e o fascismo. Em uma sociedade tão conservadora, Francesca e
Maddalena terão que fazer uma escolha difícil: aliar-se contra a opressão
social e a injustiça e
denunciar o abuso de poder ou encolher-se diante da vida.
Ao
abordar a dor da perda, as turbulências da adolescência e as consequências da guerra e da disseminação
das ideias fascistas, A amiga maldita oferece
uma inesquecível história de amizade feminina e crescimento.